sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Manual de boas práticas para ajudar alunos com insucesso escolar



Jovens de Futuro” é o título de novo manual destinado a divulgar as boas práticas que podem ajudar crianças e adolescentes com problemas de insucesso escolar associados ao contexto socioeconómico em que vivem.

O livro espelha o trabalho desenvolvido, desde 2008, em 10 concelhos pelos Empresários pela Inclusão Social (EPIS), que têm apoiado milhares de crianças e adolescentes no percurso escolar.

Agora, a EPIS defende a criação de uma plataforma eletrónica nacional que sinalize os casos de risco e as taxas de resolução.

Ao fim de três anos no terreno, os empresários constataram que o sistema existente funciona "muito em roda livre", com falta de articulação entre as diferentes entidades envolvidas, e manifestam-se disponíveis para colaborar com o Governo na criação de uma rede de reencaminhamento de jovens com problemas de insucesso escolar, associados ao contexto socioeconómico em que vivem.

"O nosso grande objetivo é que essa experiência possa ser transformada num sistema ou numa base de dados ou site, a nível nacional, porque existe muita falta de informação centralizada destes casos e destes fatores de risco", declarou.

"Sobretudo, não há um sistema que permita formas de acompanhamento e controlo, de avaliação destes casos, que são graves, a nível nacional, sustentou o coautor do livro.

Para Diogo Simões Pereira, existe uma entidade - a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens - que "poderia ter eventualmente um sistema informático que ajudasse, por um lado, a comunicação da sinalização a ser mais rápida", mas depois haver controlo das taxas de resolução.

"Gostaríamos muito de poder participar num projeto dessa natureza e a EPIS estaria também disponível para investir e para apoiar o Estado", avançou.

Rede de mediadores para o sucesso escolar

A EPIS tem já a experiência de uma rede de mediadores para o sucesso escolar, constituída por 40 elementos, que trabalham a tempo inteiro nas escolas com alunos de risco previamente identificados, sobretudo no 3.º Ciclo, quando se verifica o maior perigo de retenção e abandono escolar.

"Trabalhamos com os jovens para melhorarem e medimos as notas todos os períodos", explicou, acrescentando que são envolvidos neste processo os parceiros locais.

No livro, com prefácio do ex-ministro da Educação David Justino, são incluídos dados estatísticos sobre a escolaridade em Portugal e casos reais de alunos abrangidos pelo projeto.

Entre 2007 e 2010, o projecto passou por 88 escolas e cerca de 30.000 alunos.

De acordo com David Justino, a criação da EPIS foi, em 2006, "uma das mais marcantes respostas ao desafio lançado pelo presidente da República visando um compromisso dos portugueses para a inclusão social".

Além de Diogo Pereira, assinam o livro Paulo Nossa, José Manuel Canavarro, Rita Vaz Pinto e Luísa Mantas.

Os autores consideram que, perante a deteção de cenários de elevado absentismo escolar, os mecanismos colocados ao dispor da escola são "morosos e de reduzida eficácia".

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Inclusão: livros para estudo e trabalho

Ciranda Cultural
Autoras: 
Marcia Honora e Mary Lopes Esteves Frizanco 
Esta coleção tem como objetivo esclarecer, aos profissionais de educação, algumas deficiências, para assim prepará-los para melhor receber seus alunos numa escola inclusiva. (PS: Cada livro traz ainda, atividades para serem trabalhadas com os alunos) 

Na coleção contém: 
Super VCD 
CD Rom/Áudio (2 em 1) + 6 livros 
esclarecendo as deficiências: 
Deficiência auditiva/ surdez 
Deficiência visual 
Deficiência Física 
Deficiência Intelectual e 
Problemas de Aprendizagem 
Múltipla Deficiência 

Entre no site e conheça a coleção:http://www.cirandadainclusao.com.br/
OBS: Esta coleção também tem livros infantis que tratam das deficiências, para serem trabalhados em sala de aula para conscientização dos alunos. Verifique no site ou vá até marcadores, nesta página e clique sobre "livros sobre deficiência para crianças". 
Fonte :www.deficienciavisualsp.blogspot.com

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O Segredo de Beethoven-O FILME


O Segredo de Beethoven


Filme que mistura fatos verídicos com ficcionais para contar os últimos anos de vida de Beethoven, focado na composição da Nona Sinfonia.

Com atuações de Ed Harris (Beethoven) e de Diane Kruger (Anna Holtz), o filme conta como Beethoven, a beira da surdez, teria sido ajudado por uma brilhante estudante de música a terminar e reger a Nona Sinfonia. A princípio desprezada por Beethoven, a jovem consegue com esforço quebrar a carcaça do compositor e conquistar seu coração. Sinopse ingênua e clichê? Com certeza. Depois eu vou comentar a parte histórica do filme, mas deixando de lado os fatos, e analisando apenas o enredo do filme: é um filme legal - e só. A cena-chave do filme é quando a Nona Sinfonia é executada para um teatro lotado. Nesta cena, fica evidente o quão grande o filme poderia ter sido. Com a câmera tremendo nas partes mais intensas da composição e focando o rosto, expressões e movimentos corporais de Beethoven a diretora Agnieszka Holland consegue tirar, momentaneamente, o filme do amadorismo reinante ao qual o filme estava condenado. A expectativa do coral antes da entrada em Ode à Alegria, evidenciada em uma tomada do rosto nervoso de uma das integrantes do coral e quando a câmera mostra membros do público boquiabertos e emocionados são cenas que, apesar de simples, cumprem seu papel.

Quanto aos atores: decepcionante. Apesar da atuação muito boa de Ed Harris, ele decepciona. Ao tentar mostrar um compositor obcecado, ele passa um "quê" de loucura e fanatismo, e não consegue passar segurança na tela, o que é essencial quando se tratando de um personagem histórico como Beethoven (talvez o problema tenha sido mais de roteiro do que de atuação, é verdade). Quanto à Diane Kruger, ela simplesmente não compromete, e isso é algo para se parabenizar com uma personagem tão comprometedora quanto Anna Holtz (depois explico o por quê disso). Quanto ao resto do elenco: fraquíssimo. Destaque negativo para o sobrinho de Beethoven, Karl von Beethoven, protagonizado por Joe Anderson. Poucas vezes vi uma atuação tão medíocre quanto essa.

Bom, saindo do âmbito cinematográfico e entrando no âmbito histórico.
Fatos: Beethoven existiu e realmente compôs uma Nona Sinfonia. Ele também estava ficando surdo.
Ficção: todo o resto.

A Nona Sinfonia foi a primeira sinfonia de Beethoven em 12 anos - tempo necessário para a composição das outras 8 sinfonias - e é um dos maiores marcos em sinfonias (sendo a primeira sinfonia a contar com um coral), tendo influenciado gerações e mais gerações de compositores. A Adagio da sétima de Bruckner, por exemplo, é uma herdeira da melodia do Terceiro Movimento da Nona Sinfonia, "Adagio molto e contabile", assim como suas Sinfonias em Ré menor (a terceira e a nona) são herdeiras diretas da Nona Sinfonia de Beethoven. Outro compositor que foi muito influenciado foi Mahler, especialmente em sua Segunda Sinfonia. A forma com que o Terceiro Movimento da Nona Sinfonia é encerrado também serviu de inspiração para o final da Agadio da Quarta Sinfonia de Mahler. Bom, acho que já deu pra entender o peso da Nona...

Ao contrário do que o filme mostra, a Nona Sinfonia não foi regida por Beethoven, e sim por Michael Umlauf, diretor musical do Kärntnertortheater, em Viena, onde foi apresentada pela primeira vez, em 1824. Apesar disso, Beethoven teve direito a um lugar ao lado do maestro. A primeira execução teve um sucesso estrondoso, apesar de Viena estar completamente cativada por Rossini.

Uma coisa que o filme pecou, e muito, foi o modo como foi mostrada a surdez de Beethoven. No filme, ele é apresentado como um exímio leitor de lábios (e mesmo assim, na maioria das vezes ele nem sequer estava olhando pra pessoa), e tendo uma surdez muito moderada, coisa que na realidade não acontecia. O problema de audição dele era tão grave que todos seus pianos tinham os pés cortados, para ficar próximo ao chão e ele poder sentir a vibração, deitado. Esse foi um dos pontos que eu acho que mais falhou no filme.

Mas vamos ao que ferrou, e muito, o filme: a diretora e os roteiristas se importaram tanto em criar outra personagem forte, para manter a trama que acabaram tirando o foco do que deveria ser o assunto principal: Beethoven. A personagem Anna Holtz é mostrada como uma personagem em quem Beethoven se apóia demais, diminuindo o compositor. Louie - como um de seus amigos se refere a ele, e que é outro ponto patético do filme - desenvolve inclusive um tipo de paixão pela garota. A cena em que Beethoven pede pra Anna banhá-lo tem que ser uma das cenas mais constrangedoras da história do cinema.

Outro erro do filme foi tentar se aproximar de Amadeus, de Milos Forman (que conta a história do, na minha opinião, mais genial compositor de todos os tempos, Wolfgang Amadeus Mozart), como na cena em que Beethoven, fraco, dita uma composição para Anna, no que parece uma clara tentativa de copiar a cena em que Mozart, a beira da morte, dita partes do Réquiem para Salieri copiar. Também na cena em que Anna toma coragem e mostra uma de suas composições para Beethoven e este ridiculariza a música, pode-se lembrar da cena em que Mozart, na frente de outros nobres, melhora uma composição de Salieri e o humilha.

Apesar de Beethoven ser um prato cheio pra qualquer roteirista, estes preferiram praticamente denegrir a imagem do compositor com uma história digna de filmes de fundo de locadora. Aposto muitas fichas de que se o filme fosse mais focado em Beethoven e na Nona Sinfonia, o filme iria se sobressair. Infelizmente, não foi o que aconteceu.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Filme sensacional: " Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial"


Taare Zameen Par – Every Child is Special






Belo, sensível, impactante...

Taare Zameen Par – Every Child is Special, com tradução de " Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial" é um filme de produção indiana  e uma obra prima do até então ator e produtor Aamir Khan, que no filme assume o papel do professor Ram Shankar Nikumbh.
O filme é o relato da história de Ishaan Awasthi, um garoto de nove anos, disléxico, que é incompreendido pela escola e sofre pelo desconhecimento e abandono dos pais, que se preocupam apenas em torná-lo produtivo, competente para o trabalho e apto à concorrência.

Na escola, Ishaan é dispersivo e encanta-se com um mundo que só ele vê. A mente criativa e prodigiosa do menino é ignorada pelos professores. Na sala de aula, os algarismos da prova adquirem vida e travam com ele, uma incrível batalha intergalática. Ishaan ignora os significados dos códigos, para ele o  mundo é de um colorido e de um ritmo bastante diferente do que vive na sala de aula. Ele se encanta com o vôo das borboletas, com os pássaros que alimentam os filhotes  e com os pingos da chuva nas poças d'água.  As nuvens são seu chão firme. O menino sonha e seus sonhos não cabem no currículo escolar.

Diferente dos outros, Ishaan  sofre. Rotulado e estigmatizado, se isola.  Reprova de ano e é encaminhado pelos pais a um internato que costuma usar como marketing institucional explicar aos pais que são os melhores domadores de cavalos selvagens. Ishaan é entregue e própria sorte, abandonado intelectual e emocionalmente, tido como preguiçoso, relapso, desorganizado. Nada mais faria sentido pra ele, se Ram Shankar Nikumbh, um professor substituto não cruzasse seu caminho e o resgatasse desta triste história.
 é um filme  questionador e instigante. Nos faz pensar sobre tantos Ishaans que por nós podem ter passado, incompreendidos, encaminhados equivocadamente  à escolas especiais, excluídos, rotulados.  Nos apresenta possibilidades de repensarmos os discursos que usualmente utilizamos para constituir os sujeitos os quais denominamos não aprendentes. Surge o desafio de que  nos interroguemos sobre a educação, a escola, o currículo, as competências, os alunos e as alunas, as diferenças, os olhares, os discursos, o padrão, o normal,  o fazer e o nosso não fazer pedagógico. Desafia-nos  a desapergar-nos da ideia das correções, para pensarmos outras relações de ensino e aprendizagem a partir das diferenças e a possibilidade de uma inclusão das diferenças na escola, uma oportunidade para estudar e experimentar pedagogicamente outras representações de diferença  que  escapem ao normalmente instituído pela escola como o lugar do desvio, da anormalidade ou da deformidade. Chama a atenção para como temos olhado e significado a "falta de atenção", "os erros", o "mau comportamento", "a falta de interesse", 'a incapacidade de ler e escrever" e tantas outras  formas de interpretarmos o cotidiano de uma criança que não está aprendendo.

É um filme que emociona pela produção, pela trilha sonora, pelas imagens, pela sensibilidade com que  foi criado, mas acima de tudo, pelo sentimento de que pela educação podemos impregnar de sentido a vida das pessoas e como dizia Paulo Freire, entender que  ensinar e aprender não pode se dar fora da boniteza e da alegria.

É preciso que ensinemos os saberes do mundo, mas também, que ensinemos e aprendamos os saberes do coração.

Agradecimento especial pela indicação deste filme ao amigo José Antonio Klaes Roig, educador e editor do blog Educatube, o qual indico a todos os educadores e leitores deste espaço.

Descrição da Imagem: Cartaz do filme - professor e aluno, de perfil sobre fundo manchado azul e amarelo e o nome do filme - Taare Zameen Par.

FILME Vermelho Como o Céu





Saga de um garoto cego durante os anos 1970, que luta contra tudo e todos para alcançar seus sonhos e sua liberdade. Mirco é um jovem toscano de dez anos apaixonado pelo cinema, que perde a visão após um acidente. Uma vez que a escola pública não o aceitou como uma criança normal, é enviado para um instituto de deficientes em Gênova. Lá, descobre um velho gravador e passa a criar histórias sonoras. Baseado na história real de Mirco Mencacci, um renomado editor de som da indústria cinematográfica italiana.


TRAILER DO FILME Vermelho Como o Céu (LEGENDADO)




segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Livro:O Valor do Professor de G a b r i e l P e r i s s é




"As mais belas ideias sobre a educação, os mais comovidos elogios ao papel do ensino no desenvolvimento de um país, os 
sonhos mais generosos em que a escola aparece como espaço de 
verdadeiro aprendizado e crescimento humano, as utopias pedagógicas mais progressistas, tudo isso se transforma em fumaça que 
o vento desfaz em poucos instantes, se os professores não forem e 
não se sentirem valorizados "


"Respeitar e admirar os professores. E exigir que eles exijam 
de nós. Que eles nos ensinem a aprender. Esperar que eles nos 
deem esperanças. Dizer aos professores que contamos com eles. E 
lhes dizer com todas as letras, e com ações concretas, que podem 
contar conosco. Essas são algumas das ambições deste livro. É como 
docente que escrevo, em diálogo com meus colegas de profissão e 
com todos aqueles que querem, de fato, valorizar os professores."Gabriel Perisse





Gabriel Perissé é autor do livro Introdução à filosofia da educação (Editora Autêntica) e pesquisador do Núcleo de Pensamento e Criatividade (NPC). Site do autor:www.perisse.com.br


sábado, 21 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE TINTIM





FONTES: http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/as-aventuras-de-tintim-o-segredo-do-licorne/id/17392
224486




Este filme estreou em: 20 de Janeiro de 2012

Tintin (Jamie Bell), um jovem jornalista que viaja pelo mundo com seu inseparável cão Milu, compra um galeão antigo de presente para seu amigo Haddock (Andy Serkis). Porém, o navio é logo roubado. Pouco tempo depois, descobre-se que nele havia parte de um mapa de um tesouro, fazendo com que Tintim e seus amigos ingressem em uma jornada à sua procura.



CURIOSIDADES
- Produção usou a mesma tecnologia de captura de movimentos de Avatar.
 
PRÊMIOS
- Vencedor do Globo de Ouro 2012 de Melhor Animação
 
FICHA TÉCNICA
Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Vozes na versão original de: Daniel Craig, Simon Pegg, Jamie Bell, Andy Serkis, Cary Elwes, Toby Jones, Nick Frost, Tony Curran, Sebastian Roché, Mackenzie Crook
Produção: Peter Jackson, Kathleen Kennedy, Steven Spielberg
Roteiro: Steven Moffat, Edgar Wright, Joe Cornish, baseado na obra de Hergé
Fotografia: Janusz Kaminski
Trilha Sonora: John Williams
Duração: 108 min.
Ano: 2011
País: EUA/ Nova Zelândia
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Amblin Entertainment / The Kennedy/Marshall Company / WingNut Films / Columbia Pictures / Paramount Pictures / Nickelodeon Movies / Hemisphere Media Capital
Classificação: Livre